terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Deite comigo - Analise cinéfila



Sim... é um filme com putaria!
Não... não é um filme DE putaria... que isso fiquei claro...
Vai ser spoiler pra caraio, então se você não viu o filme ainda clique aqui pra ver ele dublado, ou aqui pra ver legendado...

E a partir daqui, comecemos...

Os limites, e as particularidades das relações, é sobre isso que se trata a trama de Clement Virgo.
Leila, vivida por Lauren Lee Smith, é uma mulher bem resolvida que gosta do "trem"... Ela tem uma paixão pela transa, pelo simples prazer de gozar simplesmente.

Leila vai a uma festa, e lá acontece o que é pra mim, a sena mais bizarra do filme, Leila flerta com um cara que ela estava trocando olhares na festa, enquanto transa com outro, e o cara, devolve o flerte enquanto transa com sua namorada no carro...

Depois disso os dois tem um rolo... mas até então não fica claro o que se passa, não se sabe se é só o sexo que é melhor que os outros, ou se existe mesmo algo mais ali...Já David vivido por Eric Balfour, par romântico de Leila, sabe exatamente o que sente, e se tortura por não saber se Leila sente a mesma coisa.
Nesse ponto do filme, um aspecto da alma humana é muito bem explorado, o medo de ser o "bobo" da relação, o medo de gostar e não ser correspondido, aquela coisa que fez camões escrever que o "Amor é fogo que arde sem se ver", A insegurança, que torna o ser humano em... ser humano.

Leila também vive um momento de insegurança a principio, mas em meio a um orgasmo ela decide se entregar a isso, e logo no dia seguinte, acontece algo que muda a rumo do filme, a partir daí, mais coisas entram na já complicada equação, ela flagra David dando banho em seu velho pai doente. Esse é o fator extra sexo numero 1.

Leila também não vive um momento fácil, seus pais estão se separando, e abandonando a casa onde ela passou a infância, entram ai, memórias afetivas, e o amor que ela nutre por seus pais, e até a divisão entre o pai e a mãe que ela demonstra sentir. Esse é o fator extra sexo numero 2.

 O ponto entre os dois fatores que acabei de falar, é o que o amor tem a oferecer que todo o resto não da conta: o ponto de apoio, o lugar onde se segurar. Acredito que ninguém deve morrer sem saber do que estou falando...

E logo acontece... Sem que os dois estejam preparados pra isso.

O pai de David representado por Don Francks morre, o "ponto de apoio" de David era Leila, mas ela não soube lhe dar com isso, o medo fez ela fugir, algo que magoou o cara profundamente.

nesse espaço de tempo, os Pais de leila se separam, e entre a abstinência de sexo, a saudades de David e o desespero de ver sua família se desfazendo, ela entende do que moço precisava, e que ela não conseguiu dar... Com o tempo ele também sente saudades e os dois acabam voltando.


As relações humanas são envoltas de inseguranças... Agente se sente irracionalmente diminuído as vezes, e usa a carapaça de um complexo de segurança que não existe, fazemos e dizemos coisas que não são nossas, pra passar essa ideia, e algo sobre o que  filme também trata. O medo de entrar em uma relação séria, e o não saber como agir fazem parte disso.

foi meu ponto de vista mais forte... qual o teu???

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